Empresa

A propriedade onde a vinha está instalada foi adquirida pelo bisavô do atual Enólogo no primeiro quartel do sec. XX e explorada segundo o conveniente em cada época – inicialmente gado com o porco à cabeça.
Em consequência da Guerra Civil Espanhola, seguida da II Guerra, que criaram enormes faltas de tudo na Europa, o Governo de então, iniciou uma política de fomento da produção de cereal. Foi a época de ouro da Agricultura Alentejana, até aos anos sessenta/setenta em que foi preciso procurar alternativas em complemento. Entre estas a vinha.
Optou-se pela uva de mesa, então com enorme procura na Região Granja/Amareleja pois vinha muito cedo, logo a seguir à Algarvia que era pouca e de curta duração, mas era a que aguentava até mais tarde. Em anos especiais a vindima chegava a dezembro. Os preços eram, durante o verão, aproximados em todo o país, mas chegadas as primeiras chuvas subiam em flecha, chegando a valores hoje inacreditáveis.

Razão – uma casta, a Diagalves. Trata-se de uma casta, hoje, praticamente inexistente, que era considerada bivalente – mesa e vinho. Produzindo vinho de má qualidade e não sendo excelente para mesa, tinha a enorme vantagem de ser resistente à chuva pela rijeza da sua pele.


Assim quando vinham as primeiras águas que inutilizavam as uvas de mesa tradicionais pelo país fora, começava a vindima da Diagalves que encarecia, não só pela falta no mercado, mas também para a pendurarem nas dispensas das casas, donde também era conhecida como “Pendura”, chegando óptima para a tradição lisboeta de comer uvas na passagem do ano, onde lhe chamavam “Amareleja”.
Esse mercado acabou com a implantação de estufas e armazéns de frio que nos passaram a dar uva fresca todo o ano.
Acabado este mercado começaram as conversões das vinhas nesta microrregião.
Procuramos encontrar as castas que melhor se adaptariam à região.
Implantámos rega de barragem própria.
Com o fim da época Diagalves para mesa, no início dos anos 90 começamos a vinificá-la para o que críamos uma mini Adega que depois restruturamos, adaptamos e melhorámos.
Dizem os “amigos da onça” que podíamos ter feito melhor. É possível.
Dizem os amigos que o resultado foi excelente.
Cabe-lhe a si provar e decidir.
Obrigado! Ou como dizem na Beira, terra original da nossa família, BEM HAJA.

Produzimos a uva em modo sustentável, preocupados com o ambiente. Aderimos às normas da “Proteção integrada” e do enrelvamento, que previne a erosão e põe no mínimo a poluição provocada pelos agentes químicos, que são usados em extremo.

Até ao rebentamento das cepas, as ervas são controladas por pastoreio de ovelhas e pós-rebentamento por meios mecânicos, evitando assim recurso a pesticidas. 

A água, tão necessária, é elevada por energia solar e na distribuição estamos a introduzir também painéis fotovoltaicos.

Castas

Alfrocheiro

Aragonêz

Alicante Bouschet

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